domingo, 29 de junho de 2008

Well, well, well

Eu era tão 'supostamente feliz' aos meus 14/15 anos. Não tinha todas essas toneladas de responsabilidades e definitivamente não precisava provar para ninguém o que era ou não capaz de fazer. Eu não me importava com escola, notas, trabalhos, e não existiam as 'complicações sociais' que hoje me atormentam. Na verdade meu descaso era com praticamente tudo nessa idade, e eu adorava o fato de todos se preocuparem com coisas das quais eu estava tão alheia, tão indiferente.
Essa é a idade das melhores coisas que irão acontecer na sua vida (e as piores também).

Mas isso não vem ao caso. [?]
Não tem nada de interessante aqui.
Só sei que quero um beagle para chamar de Charlie, aprender a fazer sangue falso, escrever um livro, ir á Londres, um mouse novo, uma coruja, nadar em uma piscina de coca, ovomaltine, espremer matemática e química na minha cabeça até domingo e cantar em algum karaokê do Japão.
Então não poderia ser mais nostálgico, ontem você disse que iria ter para sempre pesadelos em dias de sexta, mas não de quinta, terça, ou qualquer outro dia de semana, por que sexta havia sido O dia. E eu soube, naquela hora que nós seríamos para sempre. Mas não para todo o sempre, só até mês que vem. Se não existisse o mundo ao nosso redor as coisas seriam tão mais fáceis. Por que alguém não pode simplesmente aparecer e consertar tudo? E ele anda por aí com aquele cabelo no rosto, fingindo não se importar. Enquanto o céu está desabando.
Ela escreve histórias para que possa mostrar aos outros o quão mal estava passando, e o quanto foram cruéis e injustos com ela, mas todos já estão cansados de saber. Ela podia simplesmente seguir em frente e parar de querer ser eternamente a vítima da história. Mas o dia ainda não chegou ao fim, baby, e há tanto o que fazer e tão pouco tempo. Seria bom, e me faria feliz, mas não seria 'um êxtase frenético de felicidade'. Então, não quero.
Gostaria de poder dizer aqui realmente o que penso, mas sei que não posso, as paredes tem olhos e ouvidos também, então, me sinto constantemente vigiada escrevendo coisas à determinadas pessoas aqui. Por isso uso de tantas frases soltas e sem sentido; você não precisa entender, mas eles vão.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Platônico.

Hospitais me dão vontade de rir, assim como entrevistas de emprego. [?]

Eu gosto de sinceridade explícita, de verde limão, de edredons azuis, TV a cabo, videolocadoras, de uma sutil indiferença forçada.
Pouca conversa, sorrisos ao ver sangue, incenso, cabelo no rosto, manias estranhas, citações, cores, estereótipos, paixões platônicas, Charlie.

A minha vida inteira eu me apaixonei pelos caras errados.
E eu sentia alguma coisa no meu estômago... agitando.
Borboletas.
O que ele está lendo? O que está ouvindo?
Quem são seus amigos? Quais seus planos, ideais?
What's your favorite color?
Aqueles olhos passaram por mim no mesmo instante em que os meus adimiravam o cabelo dele.
Eu te amo, mas não te quero; ou algo assim.

E se você está lendo isso, por favor, perceba que isso é para você.
Mas eu duvido que você consiga enxergar.
Nem em um milhão de anos você sonharia que isto é para você.
Ninguém poderia imaginar.
Descortinava um cenário de possibilidades assustadoras.

Ele tinha o cabelo engraçado. E me lembrava diversos atores.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Existe uma falta de sentido para tudo.

O mundo girava á minha volta. Don't drink. EAT ME. Ninguém realmente se importava.
E por que deveríam?
A roda gigante continuava girando. Mas ninguém mais prestava atenção.

E não tenho certeza se ele sabe meu nome.
Ela caminhava sozinha num dia nublado pela escola.
E ele disse 'hey, gosto do seu all star azul'.
Sua mentira reflete a minha.

Então ninguém mais parecia querer acordar.
Mas eu tinha que acordar; não conseguia telefonar no meu sonho.
Por que eu não via as teclas no telefone e sempre discava errado.
Perdida no esquecimento.
Escuro, silencioso e completo.
Are you talking to me?

Eu não quero ser um produto do meio.
Quero que o meio seja um produto de mim.
Vamos brincar de teoria dos livros.
Ou subir no Empire State Building e nos dependurar nas grades,
para ver as pessoas lá em baixo como formigas.
- Oh, acho que estou vendo meu pai.

I can't see the sunshine.
O machucado sararia se conseguisse parar de mexer.
Mas não pode.
Ele é apenas uma dessas pessoas de seu passado que você
sente que não conseguiu se livrar.
Eu distorço elas para fazê-las minhas.

Estamos me 1842.
E tem índios por toda parte; e eles tem sangue ácido.
Say hello to my imaginary friend.
Eu cochilo e acordo em lugares estranhos
sem ideia de como cheguei lá .
Nada que eu escrevo tem necessariamente sentido.

Eu poderia dizer tudo isso, mas não seria suficiente.
Pois você me faz não conseguir parar de sorrir .
Você cura meu tédio.
E o que deveríamos fazer então?
Esta é sua vida e se desfaz a cada minuto.
Sinta a dor, abrace-a, descarte-a... prossiga!
Open your eyes.
E de repente, não sentia mais nada.

O que não mata, faz você querer morrer.
Amor? Nunca ouvi falar :)


- Percebeu todas essas citações?

domingo, 1 de junho de 2008

Nada de título para você.

(...) certas tardes eu simplesmente preciso sair de casa, nem que seja pra dar uma volta na vizinhança (se o sol não estiver forte). Mas a maioria das vezes eu subo no primeiro ônibus e vou embora. Não sei pra onde,
e nem sei por que. Só vou.
E do caminho eu ligo pra alguém, em mais uma de minhas tentativas frustradas de 'visitar amigos'; mas eles nunca estão. Ou não querem estar. Não pra mim, não agora. Então eu sento na janela, e fico olhando as coisas passarem, tão freneticamente como uma roda gigante desgovernada.
Eu realmente amo esse tempo que passamos sozinhos, entre nossa casa e nosso destino, nos muitos transportes públicos dessa cidade. São esses trinta minutos, em que nos sentamos, e simplesmente esperamos chegar ao nosso destino, que podem significar muito.
A primeira coisa que passava na minha cabeça, quando eu ainda frequentava o colégio, e vivia correndo, era que esse era meu tempo de PARAR. Porque por mais atolado que se esteja, não há nada que se possa fazer no ônibus, apenas sentar e esperar. E é ai que vem as melhores coisas. As melhores idéias. E você vê todas aquelas pessoas, que nunca encontrou antes. Indo sabe-se lá pra onde. E o que estará passando na cabeça delas aquele momento?
Oh, a moça de vestido vermelho, entrou cheia de sacolas. Deve estar vindo de algum shopping próximo. Ela mexe muito no cabelo e tem olhos incrivelmente azuis. O homem alto a seu lado a observa.
E eu sempre penso, se já vi alguma daquelas pessoas antes. Ou se verei alguma outra vez.