quinta-feira, 17 de julho de 2008

Nada com nada.

Tá na hora de eu tomar um rumo na vida, sabe?
Acho que o mundo é muito mais do que esse campo de sonhos no qual dançamos. E eu quero ver esse mundo.
Ela devia saber que não seria assim tão fácil.
Ele é uma pessoa ruim, sem mais.
Mas eu sempre soube disso, não é? E nunca me importei com isso.

Lápis de cor. Essências. Dor de cabeça.
Não seria tão especial se acontecesse sempre.
Cores. Filhotes. Cafeína.
Não consigo dormir.
Eu preciso, preciso, preciso. Sei lá de que.
Não tenho tempo pra isso.
E no meio de tanta gente eu encontrei você.
Tanta gente chata e sem graça nenhuma, você veio.
Nem sei o que me fez me interessar por ele à princípio.
Não sei.
Monólogos. Musicais. Terapia.

"Preciso ter contado físico com as pessoas. Isso não é saudável. Preciso ver e falar com as pessoas.
Mas ao mesmo tempo que quero contato com os outros, eu não gosto deles. Definitivamente não sou simpática. Definitivamente não gosto de 'me misturar', de ser sociável. Isso não é para mim."

E é você que eu certamente jamais entenderia.
(...) eu sou tão preconceituosa, eu julgo tão impiedosamente as pessoas. Pelo jeito de falar, de escrever, de se vestir, o tipo de música que gosta, o tipo de pessoas com quem se relaciona. E disso, de toda essa superficialidade que às vezes não quer dizer nada, que eu tiro toda uma conclusão sobre. E por causa desse meu PRÉ conceito, do qual eu não consigo me livrar, que acabo afastando as pessoas.
"Você foi pesado. Você foi medido. E considerado insuficiente."

No mundo que eu vejo, você está à caça do alce, nas florestas do Grand Canyon nas ruínas do Rockfeller Center.
Vai usar roupas de couro que vão durar sua vida inteira.
Vai escalar pelas eras da Sears Tower.
E quando olhar para baixo vai ver figuras minúsculas, secando charque nas pistas de alguma auto-estrada abandonada.

Na verdade, você que está morto.
Eu queria que só por um instante essa possibilidade passasse pela sua cabeça; mas isso é impossível, eu sei. Okey, não diria impossível, mas talvez potencialmente improvável. É como o jeito que você olha pra ela, o jeito que fala com ela... Eu sentiria saudade de você mesmo sem ter te conhecido.
Sabemos que se pode viver uma vida em apenas um momento, e é perto do fim que começamos a pensar no início. E como só melhoramos jogando com alguém melhor do que nós, vamos à luta, porque nenhuma causa é perdida se houver um só tolo para lutar por ela.

E eu sei o que eu tenho que fazer agora. Eu tenho que continuar respirando, porque quem sabe o que a maré me trará amanhã?