Agosto definitivamente é o pior mês do ano, até inevitavelmente. É quase desumano o que Agosto faz na minha vida, é quase sobrenatural a energia negativa que esse mês maligno tem. É quando tudo de ruim que poderia acontecer, invariavelmente acontece. Sem chances de salvação. Porque não poderia ser coincidência que desde os meus 10 anos todas as tragédias reunidas do ano, deixam justamente para desabarem em... Agosto. As coisas mais bizarras e inimagináveis, e decididamente péssimas, sempre sempre sempre irão acontecer em Agosto. Gostaria de saber se isso é uma regra que só se aplica a mim ou existe algum outro tipo de pessoa com esse tipo de azar agostiano(?). Que bom que pelo menos já está acabando, porque minha cota de notícias ruins e castigos já se esgotou. O que mais poderia acontecer, não é? *risada nervosa*
Já basta o fatídico telefonema no meio da minha manhã calma e tranquila que me deu pesadelos e a pior consciência pesada da minha vida. Logo em seguida, a quinta feira negra em que tudo foi descoberto, mas até que não tão devidamente castigado. Depois contas, notas, números, correio. Depois notícias trágicas de adiamentos, depois sentimentos deprimentes e aleatórios da minha parte. Depois dúvidas, decisões e frustrações. E é claro, aquela velha cobrança de todos ao meu redor, em todos os aspectos, por coisas que só deveria ser da minha conta, afinal, eu não lhes devo satisfações, mas que de qualquer forma me põe louca. E agora, só me resta continuar fazendo o que venho tentando desde o início do mês, esquecer tudo e fugir. Mas não fugir da maneira propriamente dita, por mais que não me falte vontade para isso, fugir com minha mente, que sempre me salva nessas situações. Fugir para longe dos problemas, para longe das complicações, me refugiar em outro mundo, que não é meu, mas que é infinitamente melhor. E lá eu me sinto segura e feliz. Mas que uma hora ou outra, mais cedo ou mais tarde, eu sei que terei que voltar, puxada, arrastada para a vida real, mas com minha cabeça temporariamente voltando para lá no meio do meu odioso dia de Agosto, para que eu me sinta melhor e não tão sem esperança. Por algumas horas é como se eu não sentisse nada, aliás, me sentisse incrivelmente bem e leve, como é bom flutuar em emoções que não são suas. Nada comparado ao meu terror diário agostiano, que quando menos se espera, algo catastrófico acontece. Tenho esperança de sobreviver mais esses dias até Setembro, mas nunca se pode adivinhar o que ainda falta acontecer. Bem, se eu não postar mais, já sabem.